sexta-feira, 7 de maio de 2010

Crise existêncial...

Mais uma vez a crise vem me visitar, é porra! Aquela velha crise existencial. Aquele cansaço de viver sozinha, de pensar que nada tem solução, que isso realmente pode ser o fim do mundo. Da vontade de sair oferecendo minha vida por um dia, pra ver se alguém a resolve. Quando as coisas inventam de dá é errado, num é aos poucos pra dá tempo você arrumar, cai logo tudo de uma vez e te deixa no chão, sem ação! E eu tô aqui no chão, escrevendo, gritando pra ver se alguém me salva porque eu estou atolada nas dúvidas, presa nos devaneios da minha mente e nas divagações do meu coração. Pensando nos sonhos que construí em cima das pessoas erradas, e agüentando o peso do arrependimento, fruto das escolhas impensadas... Não tenho mais paciência pra nada, essa tal de FACULDADE ta comendo meus miolos, mas fazer o que né? Nem tempo eu tenho mais... A única coisa que sobra na minha vida é o sono, loucura, preguiça e o cansaço. A insegurança já é parte de mim por natureza, sempre sofro demais por achar que não to fazendo certo, que estou magoando as pessoas sempre fiz a vontade dos outros por medo de ser mal interpretada, por medo de acharem que eu estou agindo de má fé. Fica sempre um sentimento de revolta aqui dentro, que fica cada dia mais apertado e mais difícil de ser controlado. Essa minha insegurança me dá calafrios, me faz sentir coisas que eu nunca imaginei. É tão forte que pode ser vista pelos olhos alheios. Às vezes eu fico pensando que isso é coisa de quem não tem o juízo certo, se bem que eu nem sei o que é certo pra me julgar assim. É terrível, as dúvidas vem de todos os lados e as tristezas vão nascendo, se procriam com maior facilidade... É como se eu perdesse algo que nunca me pertenceu, algo que realmente nunca foi meu. É uma falta de sentimentos bons, saudades de algo que eu também não sei o que é e não sei nem se tive, só sei que tenho saudades até dos momentos não vividos. No fundo eu devo ter feito teatro na outra vida, para ter adquirido tanto conhecimentos de como atuar, eu deveria ser a atriz mais bem paga da rede globo, tenho capacidade de atuar 24H em um dia, tem noção do que é você fingir tanto o que não é, que você chega ao ponto de acreditar que é... Sem ser? Confuso não? Pois é devo ter alma de atriz. Tenho o dom de ser culpado, mesmo sendo uma das criaturas mais inocentes. Nessa minha vida de atriz eu quase consigo ser feliz, às vezes até consigo por alguns instantes. Como diria a poetisa: “Eu sei enganar, eu sei fingir, eu sei atuar na minha própria vida”. Distribuo Sorrisos falsos sem medo de ser desmascarada. Na vida, se você não arrisca, vem outro e "créu", a sociedade necessita ao menos de pessoas que finjam estar feliz, para passar um ar harmônico aos outros, é a velha política de boa vizinhança...
Faço isso tudo só para que minha verdade não seja questionada. Finjo interesse, chego até a me interessar por vezes, eu engano tão bem, que até me perco. Máscaras, nada mais que as belas, máscaras... Isso tudo pra não exibir o ser fútil que habita em mim. Eu não quero mostrar a verdade, é isso! Só eu convivo com ela, quando eu vou deitar. A verdade, eu convivo todos os dias quando chego em casa e tiro a máscara da personagem, quando me dispo de todas as suas frases prontas, de todos os seus trejeitos, de toda graça que ela possui. A verdade é aquela que me deparo à noite, sozinha no meu quarto, e garanto ela é um saco. Ok, me feri com meu orgulho e vejo isso com clareza. Ah, que porra! Eu mesma dei tchau a minha felicidade, também, era o que eu queria mesmo, não posso nem abrir a porcaria da boca pra reclamar. Poxa, a felicidade tinha que ser tão obediente? Eu nunca me importei em não ser compreendida.

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